quinta-feira, 30 de junho de 2011

Seguradoras buscam novos produtos para atender ao público

Eles viajam mais, têm residência própria e possuem patrimônio maior que a média dos brasileiros. O crescimento cada vez maior de pessoas que assumem relacionamentos com parceiros do mesmo sexo têm levado seguradoras a buscar novos produtos para atender a esta camada da população.Empresas que saíram na frente na oferta de produtos para nichos até então pouco explorados garantem que o novo perfil das famílias representa um desafio para o mercado de seguros.
É o caso da American Life, seguradora especializada no ramo Vida, com mais de 1 milhão de clientes.
Há nove anos, ela colocou no mercado o Vida Freedom, uma apólice que já naquela época aceitava nas cláusulas do contrato a inclusão de um dependente do mesmo sexo. Antes mesmo da decisão do Supremo Tribunal Federal garantir a partilha de bens entre casais homossexuais.
"Apostávamos nesse mercado. Só não sabíamos quantos eram. Tínhamos a estimativa de que 10% da população eram compostos por gays", afirma o diretor Francisco de Assis Fernandes.
A empresa elaborou um dicionário com vocabulário próprio utilizado no mundo LGBT para que os funcionários tenham facilidade em compreender o que os clientes desejam, sem constrangimentos.
"Treinamos todo o nosso pessoal de atendimento para recebê-los com todo respeito e a naturalidade que nem sempre se encontra no mercado de seguros", afirma Fernandes. Uma norma da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do ano passado, assegura que companheiros de beneficiário titular de plano de saúde podem ser do mesmo sexo. A FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), entidade que representa 15 grupos de operadoras privadas de assistência à saúde, de um total de 1.183 empresas, diz que todas as afiliadas são orientadas a cumprir esta norma da agência.
A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) também afirma que a extensão dos serviços de planos de saúde para os parceiros de união homoafetiva já existe há algum tempo. Segundo elas, basta que se comprove a união estável entre os parceiros.
Embora as seguradoras garantam que essa orientação é seguida à risca, na prática a situação não é tão simples.
Casais homossexuais que tentam receber o mesmo tratamento dispensado aos heterossexuais afirmam que é uma longa batalha, que em alguns casos, vai parar nos tribunais. "Algumas empresas de seguro aceitam, mas só depois de muita burocracia. Às vezes enfrentamos uma verdadeira batalha judicial para fazer valer nossos direitos. Mesmo tendo firmado um contrato homoafetivo, temos que comprovar a união estável", critica o advogado Marcos Gladstone, acrescentando que se acontece de um dos dois ser internado, qualquer decisão sobre procedimentos médicos fica com os pais deles, o companheiro não tem direito a dar sua opinião.
Fonte: CQCS

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A proteção aos riscos de inadimplência ou insolvência de seus clientes

O interesse pelo seguro de crédito é anticíclico. Ou seja, quando a economia vai bem, está crescendo e o índice de inadimplência é baixo, o segurado não vê tanto o benefício em contratar a proteção. As seguradoras estão com apetite para subscrever risco, porém, as empresas, quando avaliam o cenário econômico, não identificam o custo-benefício do produto. O que os segurados não sabem, seja por uma resistência cultural ou por desconhecimento, é que este é o melhor momento para contratar seguros de crédito. "O Brasil não tem tradição de contratar este tipo de proteção. O seguro de crédito, interno ou à exportação, atende a empresas de variados tamanhos e setores. As seguradoras hoje já estão mais flexíveis. Antes, por exemplo, uma empresa só conseguia contratar seguro para a totalidade das vendas da sua carteira. Hoje, as companhias já desenvolvem apólices mais personalizadas, com coberturas só para determinados clientes, distribuidores ou regiões.
Extraído do artigo da revista Apólice

terça-feira, 21 de junho de 2011

Procon considera prática de cobranças de tarifas legal

"As agências podem cobrar taxas e cabe ao consumidor aceitar ou comprar direto da prestadora, como sites de empresas aéreas"

A Legislação permite multa de, no máximo, 20% sobre o valor do pacote no caso de desistência, mesmo se houver desmarcação na véspera.

"Para casos como as cinzas do vulcão chileno sobre Bariloche, em que há catástrofe natural, ou em casos de problemas sanitários, com a Gripe A, o cliente pode suspender o pacote sem o pagamento de multa", aponta. Outro ponto que merece atenção é o direito do cliente de reaver totalmente o valor de seu pagamento por serviços pela internet em até sete dias, na chamada cláusula de arrependimento. Fonte: Jornal do Comércio - Turismo

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Seguro para restaurantes também oferece proteção contra arrastões

Para evitar que os proprietários de restaurantes tenham prejuízos com a “onda” de arrastões, seguradoras criam garantias que evitam prejuízos aos seus clientes. 17.06.2011 - Fonte: Escola Nacional de Seguros

Já era notícia em 1982!

Curioso é lembrar que os problemas na área de segurança são os mesmos de tempos atrás, o remédio só funciona depois do sinistro, e nossa preocupação com os riscos sempre esteve presente, como mostram reportagens nos jornais de 1982, jornal Zero Hora, jornal do Brasil e Folha da Tarde de Porto Alegre, divulgando nosso pioneirismo ao idealizar o seguro para cliente assaltado em restaurante.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Setor de turismo dos Estados Unidos defende fim de visto para brasileiros

Segundo o setor, se a exigência do visto para entrar no país fosse abolida mais turistas visitariam os Estados Unidos. Cada turista do Brasil gastou em média quase US$ 5 mil em 2010.
Milhares de brasileiros preferem gastar nos Estados Unidos que comprar no Brasil. Não é à toa que muitas lojas de Nova York ostentam a bandeira brasileira. Um milhão e duzentos mil turistas brasileiros foram aos Estados Unidos em 2010 e gastaram US$ 5,9 bilhões. Em média cada turista brasileiro gastou quase US$ 5 mil. É menos que chineses, indianos e venezuelanos e mais que argentinos, australianos e japoneses. No total, somos mais gastões que os emergentes e deixamos mais dinheiro que China e Índia.
A indústria de turismo americana já percebeu este potencial e pressiona para derrubar o mais sério obstáculo às viagens do Brasil para os Estados Unidos: a exigência de visto.
O que antes era uma necessidade para impedir imigrantes agora atrapalha os negócios. Tiffany Towsend, vice-presidente do escritório de turismo de Nova York, diz que nos próximos anos o objetivo é dobrar o número de brasileiros que vai aos Estados Unidos. "A cidade apoiaria qualquer iniciativa para facilitar a entrada de mais visitantes ao país".
Hoje, calcula-se que 42 mil empregos nos Estados Unidos são criados a cada ano apenas pelo movimento de turistas brasileiros. Aumentaria muito se o visto fosse abolido.
Mas até isso acontecer a longa espera pelo atendimento nos consulados - que hoje ultrapassa cem dias - vai continuar.
O de São Paulo é o que mais emite visto dos Estados Unidos no mundo. Em 2010 foram 320 mil e até maio desse ano, 159 mil, 36% a mais que o mesmo período do ano passado.
Extraído de matéria Jornal da Globo.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Judiciário e o Mercado de Seguros

Os Tribunais de Justiça que tratam da interpretação de cláusulas contratuais do Seguro, tem julgado em alguns casos, que o preenchimento do perfil no seguro Auto, em que se verifique declaração inexata ou omissão, esta só determina a perda de direito do segurado, quando houver nexo causal com o sinistro ocorrido. Por exemplo, roubo do veículo  cuja condução não influenciaria na ocorrência do evento. O mesmo se aplica com relação a falta de comunicação para a seguradora da transferência do veículo na apólice, nos casos que não representem agravamento do risco.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Seguro nas Nuvens

A Associação das Entidades Carnavalescas de Santa Cruz do Sul informa que o show com o cantor Délcio Luiz, marcado para esta sexta-feira, 10, foi cancelado. O cantor não conseguiu embarcar no Rio de Janeiro em decorrência da suspensão das cinzas do vulcânicas na atmosfera do Estado.
O show da banda The Beats, que ocorreria na última quarta-feira no Colégio Mauá, também foi cancelado em virtude do problema.
A densidade da nuvem vulcânica, que está sobre o Rio Grabnde do Sul há dois dias, já acarretou o cancelamento de shows pois os aeroportos foram fechados.



Prejuizos resultantes do cancelamento de eventos, decorrente de fatos como este, entre outros, tem amparo no mercado de seguros com clausulado próprio e cada vez mais fazem parte dos itens que elaboram a produção de um show. Até cerimônias de casamento já incluem o tópico seguro como garantia, quando da sua não realização, resultando perdas materiais com a organização da cerimônia e as festas.

Esta vaga não é sua nem por um minuto!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Os desfiles de moda e o seguro

Estes eventos não ficam isentos de riscos e por isso o seguro já faz parte destes acontecimentos. Em janeiro de 2007, a consultora de moda Gloria Kalil foi atingida por uma caixa acústica que caiu durante o desfile, mas não foi grave. Em 2009, o acidente foi com a marca Colcci, representada por Gisele Bündchen. Parte do letreiro do logo da marca caiu na passarela no meio do desfile, mas não atingiu ninguém.  Seguros de responsabilidade, cobertura para a estrutura dos desfiles, público e funcionários, modelos, e até perdas com cancelamento do evento, fazem parte do leque de garantias que devem ser levados em conta na realização de um desfile.

A Cultura do Seguro

Quanto mais a sociedade brasileira se desenvolver, mais necessitará de seguros, justamente porque os riscos dessa sociedade tendem a aumentar, e o contrato de seguro representa a inclusão de um valor que não é só liberdade e igualdade, que são valores já clássicos do Direito Privado, mas o valor solidariedade. E isso deve ser entendido como a de divisão dos danos pelo grupo, conceito que era apenas do Direito Público. Hoje, com a retirada do estado do mercado e a consciência do homem do século XXI sobre os riscos que ele e sua família têm, mesmo numa vida normal, a idéia é a de adquirir uma segurança para o futuro. Acho que esse setor tem muito a contribuir para a sociedade brasileira do futuro.

“Trecho de entrevista da jurista gaúcha Claudia Lima Marques, uma das maiores autoridades em Direito do Consumidor, para a edição especial da revista Cadernos de Seguro.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

- Alô. - Quero falar com o canalha do meu ex-marido. - Desculpe-me, senhora. Ele está em Reunião com advogados ...

– Alô.
– Quero falar com o canalha do meu ex-marido.
– Desculpe-me, senhora. Ele está em reunião com advogados.
– Você é a lambisgoia com quem ele me traía?
– Senhora!? O que está dizendo? Está me ofendendo! Sou apenas a secretária. Posso ajudá-la?
– Aquele salafrário precisa me explicar por que minha conta corrente foi bloqueada. Que história é essa de indisponibilidade de bens? Por que estou sendo intimidada a depor nesse processo da empresa? Ele era diretor de RH, o que tem a ver com aplicações financeiras no exterior?

----------------------

Antes de tudo é bom que se diga que os fatos sociais precedem a lei. A vida em sociedade tem uma dinâmica que torna impossível o trabalho de plena atualização legislativa e, mais, dos efeitos dela correntes.Numa separação, até que se averbe o divórcio e se concretize a partilha, não há como detectar que o patrimônio já não é comum ao casal. Nesse período, um mandado judicial determinando a constrição dos bens, o bloqueio das contas correntes, o arresto, enfim, irá abranger itens que legalmente pertencem a ambos.

O bloqueio de contas correntes ocasiona efeito imediato e difícil de tratar. Ao passar no caixa automático pela manhã já se tem a má notícia. O gerente do banco, um pouco mais tarde apenas confirma o fato. De uma hora para outra o sujeito não dispõe de um único centavo. É obrigado a recorrer ao cunhado ou ao cofrinho dos filhos.

Em se tratando de diretores de empresas, membros de conselhos, procuradores, situações como essas, caso decorram de atos de  gestão empresarial, serão amenizadas pela contratação de apólice de D&O (Directors and Officers). Trata-se do seguro Responsabilidade Civil de Administradores de Empresas, voltado à proteção do patrimônio dos administradores em função de atos de gestão que ocasionem a sua responsabilização. Estes podem ser de diversas ordens.

Um acionista, entendendo que determinado procedimento do comando executivo troxe-lhe prejuízos, ingressa com uma ação contra aqueles que julga responsáveis. Alguns chamam isso de ação derivativa, outros, de ação societária.Ações trabalhistas movida contra a empresa e contra o chefe imediato por reclamações de ordem pessoal, tais como assédio moral, assédio sexual e promessas descumpridas, se forem procedentes têm a chance de resultar em responsabilização direta do administrador.

Processos administrativos levados a efeito por órgãos reguladores, como a CVM, apresentam a possibilidade de resultar em aplicação de multa ou interposição de outras penalidades.

Há processos judiciais, cíveis ou criminais, movidos contra empresas, nos quais um dos pedidos é a indisponibilização de bens de todos os diretores durante o período de avaliação do caso. Atualmente, na justiça trabalhista, nos processos tributários ou mesmo em ações cíveis de cobrança executiva a possibilidade da chamada penhora on-line apresenta-se como alternativa de uso frequente.

O seguro de D&O propicia, primeiramente, o pagamento de custos de defesa e, dependendo das coberturas acessórias contratadas, poderá ainda oferecer amparo a prejuízos decorrentes de algumas medidas de constrição patrimonial, dentre elas, a penhora de valores das contas correntes.
Nessa hipótese, haverá garantia de pagamento mensal dos valores previamente definidos na apólice, aos seguradores que vierem a sofrer os efeitos dessa medida, durante o tempo que perdurar a constrição, do período definido na apólice ou até o esgotamento do Limite Máximo de Indenização estipulado para essa garantia acessória.

Algumas apólices oferecem garantia a multas aplicadas por falhas administrativas, avaliadas por órgãos reguladores. A principal cobertura, no entanto, é o reembolso dos valores pagos pelo executivo por prejuízos ocasionados a terceiros e decorrentes de atos de gestão, desde que não decorra de atos dolosos.Esse é um segmento que apresenta um crescimento acentuado, impulsionado em parte pelo maior controle imposto sobre a atividade empresarial, fenômeno que não se limita ao nosso país, mas que integra uma tendência mundial.
Adilson Neri Pereira – diretor da Pereira Advocacia, empresa especializada em seguros.

Fonte: Revista Cobertura

Linguagem diferente dos contratos

No Brasil os riscos estarão cobertos enquanto as seguradoras não se manifestarem pela sua recusa dentro do prazo legal de 15 dias, mas para efeito de resseguro o seguro das seguradoras, ao contrário, o silêncio indica recusa. Isto pode acarretar um problema na oferta de garantia ao segurado de grandes riscos onde é necessário a colocação facultativa, e não existe automaticidade de cobertura nos contratos.

www.kor.com.br

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Parceiros podem receber seguro de vida

Em tese, uma pessoa pode colocar quem ela quiser como beneficiária de uma apólice de vida. Na prática do mercado segurador, porém, não era bem assim que as coisas funcionavam.
Havia entraves que dificultavamo processo para uma pessoa colocar o parceiro do mesmo sexo como favorecido.
Com a decisão do Superior Tribunal Federal (STF) que reconheceu a união estável de casais homossexuais, o processo passa a ser o mesmo de casais heterossexuais que possuem uma união estável não formalizada: basta provar que existia um relacionamento com vínculo econômico.
O novo Código Civil diz que a indicação do beneficiário no seguro de vida é livre, com uma exceção: no caso de pessoas casadas, o favorecido não pode ser um amante. Samy Hazan, diretor de Planejamento e Seguro de Pessoas da Marítima, explica, porém, que as boas práticas da análise de risco indicam que deve haver "interesse econômico" entre as partes, no caso, o contratante e o beneficiário do seguro. Ou seja, deve ser comprovada uma relação de dependência financeira entre essas pessoas. "O objetivo do seguro de vida é compensar a perda econômico-financeira no caso da morte de alguém próximo. Por isso, tem que haver um interesse econômico entre as partes. Se fugir desse propósito, não precisa de seguro", diz Hazan.
Quando não há a indicação expressa na apólice de quem é o favorecido da indenização, o que é comum em apólices coletivas empresariais, o próprio Código Civil determina uma ordem sucessória para o recebimento do benefício: cônjuge, descendentes e ascendentes. Antes do novo Código, no entanto, o termo "cônjuge" causava problemas para os casais heterossexuais não casados "no papel". "Para ser cônjuge tem que ser casado", explicaWashington Silva, diretor jurídico da Metlife. O novo Código, porém, equiparou os direitos de um parceiro estável ao do cônjuge.
Agora, com a união estável entre duas pessoas do mesmo sexo reconhecida, os direitos são os mesmos. Para Samy, o desafio para as seguradoras é o mesmo, tanto para casais hetero quanto homossexuais, quando a união não foi formalizada em vida: estabelecer processos e regras para identificar se de fato havia uma relação estável e de dependência financeira. Isso, para evitar fraudes. "Se a lei (Código Civil) e a decisão (do STJ) aceitam união estável, mesmo que ela não seja oficializada, é possível provar que o casal vivia junto por meio de documentos e testemunhas", explica Milena Fratin de Oliveira, coordenadora Jurídica da Marítima.
Ela explica que como a decisão ainda é recente, as áreas técnicas das seguradoras estão acionando seus departamentos jurídicos para sabercomoproceder. "Até para não haver práticas ou termos preconceituosos nas apólices", explica. Isso não quer dizer que antes da decisão as seguradoras não aceitavam como beneficiário de uma apólice um parceiro de mesmo sexo. "Nós fizemos apólices desse tipo antes da decisãodo STJ", contaHazan.Adiferença, agora, é que não depende mais da política da empresa. Mas sim da lei.

Fonte: CQCS

Brasil disputa o terceiro lugar no mercado de carros

O Japão é o único entre os seis maiores mercados de vendas de automóveis a registrar queda de 28,2% neste ano. As principais montadoras do país asiático ainda enfrentam escassez de componentes para a produção depois que o terremoto e o tsunami destruíram várias fábricas de fornecedores.
O Brasil disputa o terceiro lugar no mercado de carros e a China lidera este mercado.

www.kor.com.br

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Conversa evita acidentes

Os cautelosos alemães já começam a colocar em prática seu plano de zerar os acidentes com carros.

Em uma década, eles querem tornar realidade o que estão testando: vias inteligentes com automóveis antenados, que trocarão informações para prevenir atropelamento, colisão e desrespeito ao limite de velocidade.
Assim, a rua estará programada para avisar ao carro que ele pode atropelar alguém e ele freará antes disso.
Na Europa já existem rodovias que monitoram as condições de tráfego, os perigos de pistas escorregadias e os acidentes na estrada. A comunicação é a chave dos novos sistemas para tornar a condução mais segura. A ideia é interligar várias partes do carro -como sensores, GPS, volante e freios"" a uma central eletrônica, que também pode receber as informações fornecidas pela via.
Com dados do veículo e do trânsito à disposição, essa central "fala" com o sistema de segurança para prever o perigo e alertar o motorista. "Um radar no carro detecta que, pela velocidade com que ele está rodando, vai atingir um obstáculo que está à frente. Se o motorista não desacelerar, o veículo fará isso por ele", exemplifica Flávio Campos, diretor de engenharia da Delphi.

SEM PONTO CEGO
Sinais captados por uma câmera ou um sensor também podem ser processados por esse cérebro eletrônico, que ativa partes do carro que podem freá-lo ou avisa a alguém que o motorista sofreu um acidente e precisa de socorro. "Tecnologias já usadas em veículos topo de linha vão ficar mais acessíveis", afirma Carlo Gibran, gerente de vendas e marketing da divisão "chassis system" da Bosch.Radares também podem melhorar a visão do motorista. Uma de suas funções é detectar obstáculos quando a visibilidade é ruim ""devido a neblina ou chuva forte"" e avisar ao condutor por meio de um sinal sonoro e até projetando uma imagem virtual do objeto no para-brisa.
Outra nova tecnologia que já equipa carros na Europa e alguns importados para o Brasil é a "side assistance" (assistência lateral). Quando um veículo entra no ponto cego do retrovisor lateral, ele pisca para mostrar ao motorista que há um objeto ou carro fora de sua visão.
Ela chega por aqui nos próximos anos, segundo Gibran. "Como não é cara, porque não exige muita tecnologia embarcada, já pode ser incorporada aos feitos aqui."

Fonte: Folha de S. Paulo